Esculápio

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Esculápio. Deus da Medicina, filho de Apolo e da mortal Coronis.

quinta-feira, 6 de março de 2014

110 Histórias à Benfica


Estimados Amigos,

É com enorme satisfação que partilho esta novidade convosco sobre uma daquelas que, como muitos sabem, é uma das principais paixões da minha vida.

Por ocasião do 110º aniversário do Sport Lisboa e Benfica, a editora Prime Books decidiu adaptar e lançar o livro 110 Histórias à Benfica (Produto Oficial SLB), escrito por mim e pelo meu amigo João Tomaz.

Desde a epopeia dos estádios, passando pelas crises dos primeiros anos, até à glória europeia, contam-se cento e dez histórias de dedicação, liberdade e glória sobre aquela que é, provavelmente, a instituição portuguesa com mais representação no mundo.

Junto às nossas histórias, honra-nos ainda a presença do rigor de Alberto Miguéns nos dados estatísticos e o prefácio do bicampeão europeu José Augusto.

O livro, cuja imagem da capa junto em anexo, encontra-se disponível nas lojas FNAC, Bertrand, Benfica Megastore, entre outras. Oportunamente, caso venha a existir um lançamento oficial, por favor, considerem-se devidamente convidados.

Agradecendo antecipadamente a atenção dispensada,

Subscrevo-me cordialmente e com saudações benfiquistas ou de saudável rivalidade,

Fernando Arrobas
 — com João Tomaz


quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

O 'dentista' de Wall Street


Depois de quase vinte anos sem memória de uma das figuras mais conhecidas da bolsa de Wall Street, Jordan Belfort voltou a ser um dos nomes mais badalados nas últimas semanas. Com a estreia do novo filme de Martin Scorcese, cujo papel principal é interpretado por Leonardo di Caprio, a história real do corretor de ações norte americano que construiu uma imensurável fortuna no mercado financeiro, mas que acabou condenado a 22 meses de prisão por fraude e lavagem de dinheiro, voltou a ser contada. No entanto, mesmo com aproximadamente três horas e meia de película, muito fica por contar sobre a sua história antes de iniciar a sua carreira em Wall Street, em particular um episódio que marcou definitivamente a sua orientação profissional.

Na sua biografia pessoal, aquele que foi alcunhado como o ‘lobo’ da maior cidade financeira do mundo, conta que a sua mãe sempre quis que se tornasse médico. Contudo, desmotivado com a dura carreira, deixou-se dormir para os seus exames de admissão, acabando apenas por inscrever-se, em 1984, na Baltimore College of Dental Surgery, da qual desistiu praticamente no primeiro dia.De acordo com as suas memórias, na sessão de apresentação aos novos alunos, o diretor da faculdade terá dito que estes poderiam esperar "uma posição respeitável na sociedade e uma vida de sucesso, com conforto razoável”. Perante estas palavras, Jordan Belfort cedo percebeu que não era aquela a ‘mina’ de ouro que procurava e que, quem ali estivesse simplesmente para “fazer muito dinheiro”, estaria no lugar errado. Aviso suficiente para marcar, logo à nascença, o fim da sua carreira como dentista. 

A sua vocação chamava-o para as vendas e tinha ‘urgência’ em fazer dinheiro rápido. Primeiro, tornou-se vendedor de carnes e frutos do mar. Já trabalhava em Wall Street aquando da crise devastadora de 1987, aproveitando essa ocasião para fundar a sua própria empresa de corretagem Stratton Oakmont. Aí treinou milhares de jovens para aplicar táticas de alta pressão para enganar investidores involuntários, fazendo-os pagar preços altamente inflacionados por ações sem valor. 


“Queria ficar rico rapidamente, queria tudo no momento. Essa foi a minha ruína (...)”, conta Belfort, naquela que se pode considerar uma grande lição para todos os profissionais e para a ambição que carregam na construção das suas carreiras. 

Edição Fevereiro 2014. Jornal Dentistry
www.jornaldentistry.pt/e_mag/








quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

A maior invenção de sempre


No ano de 2003, o Instituto de Tecnologia de Massachusetts, nos Estados Unidos, publicou uma pesquisa onde questionava qual teria sido a invenção mais importante jamais desenvolvida. Num primeiro momento, muitos suspeitariam que a roda, os pequenos aparelhos de comunicação ou qualquer outra parafernália moderna ganharia o primeiro lugar sem grandes dificuldades. Entretanto, para surpresa geral, a maioria apontou a escova de dentes como a mais importante invenção da história.


De facto, a preocupação com a higiene oral e os dentes aparece como um dos mais antigos cuidados de saúde em diversas culturas. Nos antigos papiros egípcios, descobertos por Ebers e Edwin Smith, já se descreviam a importância dos cuidados de higiene e tratamentos para as dores de dentes, drenagem de abcessos, redução e imobilização das fracturas maxilares, entre outras leges artis. Também os romanos consideravam a cavidade oral como o vestíbulo da alma, associando-a ao seu ditado In ore oritur sanitas ou, em português, A saúde começa pela boca.

Contudo, foi apenas no século XVIII que um prisioneiro britânico chamado William Addis teve a brilhante ideia de desenvolver a primeira versão moderna da escova de dentes. Inicialmente, guardou um pedaço de osso animal da sua refeição diária e realizou pequenos furos numa das suas pontas. Depois, ao ter conseguido algumas cerdas com um carcereiro, amarrou-as em pequenos feixes e fixou-as com cola nos buracos do osso, desenvolvendo a tecnologia fundamental do invento.

Desde então e até hoje, a anatomia do cabo, a disposição dos feixes e o processo de desgaste foram sistematicamente analisados para que o instrumento fosse aprimorado. E a verdade é que as diferentes formas e tecnologias transformaram o mercado das escovas de dentes numa grande incógnita em que, de entre tantas opções, as pessoas não sabem distinguir qual o tipo de escova que atende a uma boa higiene oral. Como sabemos e ensinamos, a resposta é sempre mais simples do que parece: simplesmente aquela “que for melhor utilizada”.



http://www.jornaldentistry.pt/e_mag/03.html