No ano de 2003, o Instituto de
Tecnologia de Massachusetts, nos Estados Unidos, publicou uma pesquisa onde
questionava qual teria sido a invenção mais importante jamais desenvolvida. Num
primeiro momento, muitos suspeitariam que a roda, os pequenos aparelhos de
comunicação ou qualquer outra parafernália moderna ganharia o primeiro lugar
sem grandes dificuldades. Entretanto, para surpresa geral, a maioria apontou a
escova de dentes como a mais importante invenção da história.
De facto, a preocupação com a higiene
oral e os dentes aparece como um dos mais antigos cuidados de saúde em diversas
culturas. Nos antigos papiros
egípcios, descobertos por Ebers e Edwin Smith, já se descreviam a importância
dos cuidados de higiene e tratamentos para as dores de dentes, drenagem de
abcessos, redução e imobilização das fracturas maxilares, entre outras leges artis.
Também os romanos consideravam a cavidade oral como o vestíbulo da alma,
associando-a ao seu ditado In ore oritur
sanitas ou, em português, A saúde
começa pela boca.
Contudo, foi
apenas no século XVIII que um prisioneiro britânico chamado William Addis teve
a brilhante ideia de desenvolver a primeira versão moderna da escova de dentes.
Inicialmente, guardou um pedaço de osso animal da sua refeição diária e
realizou pequenos furos numa das suas pontas. Depois, ao ter conseguido algumas
cerdas com um carcereiro, amarrou-as em pequenos feixes e fixou-as com cola nos
buracos do osso, desenvolvendo a tecnologia fundamental do invento.
Desde então e até hoje, a anatomia do cabo, a disposição
dos feixes e o processo de desgaste foram sistematicamente analisados para que o instrumento fosse
aprimorado. E a verdade é que as diferentes formas e tecnologias transformaram o mercado
das escovas de dentes numa grande incógnita em que, de entre tantas
opções, as pessoas
não sabem distinguir qual o tipo de escova que atende a uma boa higiene oral. Como sabemos e
ensinamos, a resposta é sempre mais
simples do que parece: simplesmente aquela “que for melhor utilizada”.
http://www.jornaldentistry.pt/e_mag/03.html
Sem comentários:
Enviar um comentário
Partilhe o seu comentário. Obrigado.